Heather Willauer e sua equipe desenvolveram, após cerca de dez anos de pesquisa, no Laboratório de Pesquisa Naval dos EUA (NRL), o combustível de líquido hidrocarbono.

Para substituir o uso de materiais fósseis nas embarcações,  a inovação se dá na extração de dióxido de carbono e gás hidrogênio a partir da água do mar. Os gases são transformados em combustível com a ajuda de catalisadores de metal em um sistema de reator.O uso do combustível com água foi previamente testado em uma réplica em rádio controle do avião P-51 Mustang, usado na Segunda Guerra Mundial, com resultado satisfatório.

“A redução e hidrogenação de C02 para formar hidrocarbonetos é realizada com o uso de um catalisador, que é semelhante aos utilizados para a redução e hidrogenação de monóxido de carbono”

 

Heather Willauer

Philip Cullom, vice-almirante da marinha americana e chefe de operações navais para prontidão e logística, afirma que a aparência e o cheiro do novo combustível não destoam muito do derivado do petróleo do qual fazemos uso atualmente. Além disso, afirma que a novidade em questão tem grande consequência em logística, visto que o país gasta 4,7 bilhões de litros em combustível anualmente.

Diminuindo a dependência do país e o petróleo, os militares tornam-se livres da escassez de combustível e da oscilação do preço. Navios militares poderiam produzir seu próprio combustível e operar em cem por cento do tempo.

Estima-se que a nova energia limpa custe de 3 a 6 dólares por galão, no entanto, não estará disponível comercialmente em dez anos ou mais – afirma Phillip Cullom. O próximo desafio consiste em produzir em grande escala.

A produção desta energia é conveniente já que grande parte da frota está estacionada distante da costa, em segurança nacional. Além disso, a água do mar é rica em dióxido de carbono – com concentrações maiores que as do ar. Além das vantagens logísticas, a descoberta representa grande avanço na área de energias renováveis.