Na segunda edição do Dia do ComCA, alguns alunos deram um passo adiante em suas carreiras com a experiência adquirida em sua primeira visita a um navio depois dos conhecimentos técnicos adquiridos ao longo do ano. Primeiranistas preservam essa oportunidade tendo em vista a sua escolha de curso que ocorrerá ao final do ano.

Com esse passo adiante, os primeiranistas percebem que está cada vez mais perto a hora da grande decisão de suas carreiras. “Agora eu não tenho mais dúvida, é MIKE!” disse o aluno Pessoa após sair da praça de máquinas do navio-tanque.

Os alunos foram de lancha até o navio-tanque Pedreiras; já no caminho, o grupamento teve a oportunidade de conhecer um pouco sobre navegação onde a terceiranista Marianna Meirelles foi explicando algumas funções do passadiço.

Os alunos foram recepcionados pelo MNC Mizzoti, o qual passou a instrução ao grupamento. Para dar inicio à visitação, o comandante do navio (Comte. Leite) recepcionou os alunos em seu escritório dando as boas vindas –”Vocês tem sorte de poder ter essa experiência logo ao primeiro ano”, completou em uma de suas frases.

A Praticante de Oficial de Náutica (PON) Izaura conduziu parte do grupamento e concordou em responder algumas perguntas sobre o trabalho de um praticante a bordo. Ela, que já está há quase seis meses embarcada direto, diz que a sua maior dificuldade nesse período foi tirar serviço à noite. “São muitos detalhes aos quais tem de se ficar atento, sem contar que o maior desafio no passadiço é ficar acordado” justifica a praticante de náutica.

Ao responder uma das perguntas sobre funções a bordo, a praticante diz que, em um navio, cada praticante tem um oficial responsável por ele. Neste navio, os oficiais constantemente trocam de praticante para que, dessa forma, todos eles possam aprender a exercer todas as diferentes funções de oficiais a bordo.

Ao ver um passadiço pela primeira vez, era visível em alguns alunos as expressões de dúvidas mas os praticantes acalmaram-nos dizendo que dá pra aprender tudo em três anos e que temos recurso o suficiente para chegar a bordo sabendo bastante coisa.

Ainda no passadiço, os praticantes fazem perguntas sobre os equipamentos de salvatagem que fica no passadiço para testar seus conhecimentos técnicos adquiridos em sala. “Foi uma experiência incrível ver, na prática, o que aprendemos em aula. Foi um fator motivador para os meus estudos e, com certeza, isso ajudou muito as pessoas que estavam em dúvida sobre sua escolha de curso.” Disse o aluno estrangeiro Péricles do primeiro ano.

Palavras da repórter:

“A visitação à praça de máquinas foi impactante para aqueles que já visavam escolher este curso. Todos os motores estavam ligados e os alunos puderam chegar perto de uma caldeira e sentir o verdadeiro calor de uma monstruosa praça de máquinas. Como imaginado, o número de futuros maquinistas caiu após a visita, mas da mesma forma a confirmação da vocação se aflorou. Foi perceptível olhos vidrados naqueles monumentos vivos e as expressões de dúvidas querendo saber como aquilo tudo funcionava.

Entrar em um ambiente como este nos faz perceber como um coração funciona de verdade. A autora que vos fala se sentiu entrando em um coração e podendo chegar perto de cada peça que o compõe. Foi conhecido, naquele navio-tanque, o que revitalizava cada um de seus compartimentos. O que para uns era um barulho, para outros era o som que indicava que, em seus 4 andares, tudo ocorria bem! ‘Mel de coruja’, ‘100 % algodão’ são gírias aprendidas no começo do semestre nas visitas ao laboratório de máquinas e que foram dotadas de sentido após a visita.

As perguntas pertinentes para a escolha de curso não se resume mais em: ‘Você gosta de exatas?’ E sim: ‘Como é seu ambiente de trabalho ideal?’ De um lado, a calmaria de um passadiço, uma imensidão azul, uma carta náutica e caneta; e de outro, o calor das máquinas, uma ferramenta certa e quatro andares de ferro.”

“Seja lá o que escolherem, façam o seu melhor”

Seja qual for o ambiente de trabalho ideal, todos exigem máxima atenção e vibração pelo o que se faz. O fogo sagrado aprendido na Escola é transferido para a satisfação de fazer o seu melhor. “Seja lá o que escolherem, façam o seu melhor”, o Comte. do navio encerrou a tarde de visitas dizendo aos alunos. “Não importa o emprego que escolherem, a empresa em que estiverem ou o cargo que estejam exercendo; se fizerem o seu melhor, terão emprego em todos os lugares que quiserem.

O Jornal Pelicano agradece a disponibilidade dos profissionais da Transpetro. A visita estimula o crescimento no desempenho acadêmico dos alunos e os motiva em suas decisões na carreira.

*Navio-tanque: um navio projetado para o transporte de líquidos a granel.

Confira as fotos da visitação:

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Aluna do 2º ano de máquinas da EFOMM. Atua, com muita satisfação, como Coordenadora de projetos do Jornal Pelicano.