Kopezynski, além de mestre de Navegação 3, fez carreira na Marinha de Guerra, sendo Capitão de Fragata e Capitão de Longo Curso. O encontro foi conduzido de acordo com as perguntas do público, que se interessou primordialmente na aprovação para um dos concursos mais disputados do país – Concurso de Prático.
“Como estudar” foi o questionamento mais recorrente durante a palestra. Renato deixou claro que a dedicação é o principal ingrediente para o sucesso. Segundo ele, em média são necessárias de 1500 a 2000 horas de estudo para que os resultados positivos comecem a aparecer.
Quanto ao material para o concurso, ele está inteiramente especificado na NORMAM 12, as Normas da Autoridade Marítima Para o Serviço de Praticagem, que podem ser vizualidas pela internet, no site da Diretoria de Portos e Costas.
O acesso a toda bibliografia é usualmente feito por meios digitais. Assim, boa parte dos livros pode ser encontrada na forma de vídeo-aulas e PDF. Outro fator lembrado foi a importância da Língua Inglesa, tanto para a primeira fase do concurso, composta de questão objetivas, devido a grande parte do material de estudo estar em inglês, quanto para segunda, quando ocorre o exame prático-oral contendo uma explicação sobre a faina de praticagem com duração de 15 minutos.
De acordo com o entrevistado, todos aqueles com formação em Náutica tem condições de entender toda a matéria. Sobre esse ponto, porém, divergiu-se sobre a facilidade entre os cursados em Náutica e Máquinas. Um dos tópicos da prova, o PNA(Principles of Naval Architecture), por exemplo, considerado difícil por muitos, é normalmente visto com mais facilidade pelos maquinistas.
O concurso pode ser realizado por qualquer um, mesmo por quem não apresenta formação naval. No entanto, as vantagens de possuí-la são muito relevantes. A justificativa se baseia não apenas nos laços com o mar, mas também na existência de uma tabela de títulos classificatória: Renato Kopezynski, por seu tempo embarcado e sua hierarquia foi beneficiado de forma a ultrapassar 201 posições na classificação final. A tabela de títulos também está disponível para consulta na NORMAM 12.
Por fim, falou-se sobre o foco a ser dado na fase objetiva do conjunto de provas – os esforços só devem ser voltados para a fase oral após a prévia aprovação. O motivo é a primeira eliminar a maior parte dos candidatos e o espaçamento entre as avaliações ser mais do que suficiente para os estudos relacionados com a segunda parte.