O planeta Terra em sua vasta imensidão azul possui todos os tipos de clima possíveis no oceano. Devido a tamanha diversidade climática, a marinha mercante precisou se adequar às rotas geradas pelos efeitos físicos resultantes das regiões globais mais afastadas.

Possuindo cerca de nove grandes passagens polares, a importância dos navios quebra-gelo é de enorme grau.

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Navio utiliza hidrovia criada por quebra-gelo em porto na Suécia.
História

No final do século XIX o porto de Hamburgo, na Alemanha, era um dos portos mais movimentados do mundo. Porém o porto precisava parar por cerca de 2 meses todo ano devido ao inverno rigoroso que atingia a cidade, deixando a entrada do porto congelada impossibilitando desta forma a entrada e saída de navios

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Após muito estudo dos engenheiros da época, chegou-se à conclusão de que a proa dos navios mais modernos era afiada demais para passar através do gelo. Isso ocorre pois para cortar a água e assim evitar o arrasto demasiadamente grande, os navios eram feitos na forma de machados. Porém para atravessar o gelo o navio precisaria de muita energia cinética visto que uma barreira de gelo de quilômetros de comprimento era formada na entrada do porto.

Então, em 1871, o engenheiro Carl Ferdinand Steinhaus, teve a simples porém engenhosa ideia de projetar a proa de um navio quebra-gelo concava, e não em linha reta, a fim de que este subisse no gelo ao invés de bater diretamente contra ele. Isso faria com que o peso do navio, ao invés de bater contra uma imensa parede de gelo, precisasse apenas quebrar uma fina espessura de água congelada. Nascia assim o Eisbrecher Eins ( “Quebra-Gelo um” em português) de 500 toneladas, um navio que permitiu que a a cidade de Hamburgo mantivesse seu comércio na época mais necessária.

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O Eisbrecher Eins, Criado por Carl Ferdinand em 1871, primeiro quebra-gelo da história. (Fonte: Google Imagens)

Desde então a tecnologia vem conspirando a favor de uma renovação dos navios quebra-gelo de todo o mundo. A Finlândesa Aker Artic é a mais famosa atualmente no ramo de projetos de navios quebra-gelo. Possuindo um enorme tanque de prova, a Aker foi capaz de produzir gelo em escala reduzida de formação, espessura e rigidez muito próximas à da realidade em alto mar. Dessa forma a empresa ajudou no projeto e teste do maior navio quebra gelo do mundo atualmente: O Timofey Guzhenko, um navio quebra-gelo petroleiro russo.

Timofey Guzhenko
Timofey Guzhenko. (Fonte: Google Imagens)
O Timofey Guzhenko

Equipado com o que há de mais moderno em tecnologia propulsora e com uma proa inovadora, capaz de romper os mais duros e espessos cascos de gelo encontrados no ártico o Timofey é o futuro da tecnologia quebra-gelo, mostrando que é possível construir navios que abrem hidrovias em mares brancos e ainda transportem riquezas.

Timofey Guzhenko , em manobra de carregamento de petróleo de estação flutuante no circulo polar ártico. Manobra mais arriscada do quebra-gelo petroleiro russo.
Timofey Guzhenko , em manobra de carregamento de petróleo de estação flutuante no circulo polar ártico. Manobra mais arriscada do quebra-gelo petroleiro russo. (Fonte: Google Imagens)

Com a Criação do Timofey a industria naval ganhou um novo ramo para se trabalhar, o de transporte de mercadorias através das regiões mais perigosas do globo terrestre sem que com isso hajam riscos para a tripulação ou para a mercadoria.