Todo jovem que deseja ingressar na EFOMM tem como objetivo tornar-se um mercante. No entanto, esta carreira dispõe de variadas opções de atuação e diversos fatores são considerados na hora da escolha.
Primeiramente, o aluno da EFOMM deve decidir entre os cursos de Náutica e Máquinas, ao término do primeiro ano. Depois disso, ele inicia as especializações necessárias para tornar-se, ao fim da praticagem, Segundo Oficial da área escolhida.
Essa não é, porém, a única escolha realizada no decorrer da formação. Terminando a Escola, o então praticante deve responder, ainda, uma pergunta muito pessoal para dar o próximo passo: “Qual tipo de navegação devo escolher?”
São três as opções: Cabotagem, longo curso ou apoio marítimo.
A navegação de cabotagem (de maneira geral, a que se navega entre os portos de um mesmo país) é destinada ao transporte de cargas por meio de via marítima ou vias interiores navegáveis. As cargas geralmente são granéis líquidos (petróleo, gás natural, etc.) ou sólidos (carvão, grãos, etc.).
A navegação de longo curso consiste no transporte de cargas ou passageiros entre portos por todo o mundo, atuando, principalmente, na exportação e importação de produtos. Oferece um conhecimento mais profundo da vida no mar e uma vasta experiência cultural, visto que o marinheiro passa bastante tempo nos oceanos mundo afora.
Apoio marítimo (também conhecido como offshore) é o tipo de navegação que faz apoio logístico a embarcações e instalações pertencentes à Zona Econômica e que atuem em pesquisas ou lavra de minerais e/ou hidrocarbonetos (plataformas de refino e exploração de petróleo, por exemplo). Seus principais atrativos são os melhores salários e escalas de serviço.
A EFOMM prepara homens e mulheres para o mar, independente do ramo de atuação escolhida. Se o aluno optar por tornar-se piloto, por exemplo, ele é preparado para realizar qualquer tarefa que um Oficial de Nática possa receber.
O 2ON (Segundo Oficial de Náutica) é responsável pelas áreas de navegação, manobra, estiva, salvatagem, limpeza e manutenção de casco e conveses, operação de telecomunicações e operação geral da embarcação. Já o 2OM (Segundo Oficial de Máquinas) cuida do controle e manutenção dos sistemas elétricos, eletrônicos e mecânicos, define a necessidade do aprovisionamento de combustível e outros materiais da praça de máquinas, e superintende tecnicamente quando da manutenção preventiva e reparação do maquinário da embarcação, além de resolver problemas que possam vir a ocorrer com os mesmos.
Durante o estágio, o praticante percebe a amplitude do que foi abordado no curso da Escola. É comum o praticante de Náutica realizar sondagem de tanques, por exemplo. Esse é um processo vital, que mantém a segurança de todos a bordo, pois assegura a estabilidade da embarcação.
Algumas tarefas, porém, são mais específicas: o praticante de um navio de cabotagem, de cargas a granel lida com trabalho portuário e operações de atracação e desatracação com uma maior frequência do que em um navio de pesquisa, onde a ancoragem é mais trabalhada.
Já o praticante de máquinas tem contato com equipamentos que variam de um tipo de embarcação para outro.
A escolha do tipo de praticagem muda a vida dos jovens alunos e deve ser realizada após uma longa pesquisa. Para auxiliar os aspirantes a mercantes, a EFOMM, ao longo do curso, ministra palestras com autoridades no assunto, visitações a navios e estaleiros e dedica todo o suporte necessário para que as escolhas de carreira sejam as mais acertadas possível.