A semana da Qualidade de vida é dedicada a palestras diárias à fim de garantir informações sobre saúde. Dando início á Semana de qualidade de vida, segunda-feira, dia 19 de março, os alunos do Centro de Instrução Almirante Graça Aranha começaram as instruções que duraram uma semana sobre a importância da atenção á saúde. Dessa vez o palestrante foi o 1T Anderson e o mesmo seguiu falando sobre o Calendário Vacinal, assunto de extrema importância e que deve ser dado devida relevância.
Alguns conhecimentos foram necessários antes de informar sobre o calendário. Logo no começo os alunos puderam ter conhecimento sobre o que é a vacina e seu funcionamento. Também foi explicado minuciosamente a importância de algumas vacinas para o adulto, onde no total devem ser aplicadas dezenove vacinas no total. Sendo elas divididas em períodos intervalados, ministradas tanto no nascimento, durante a época de crescimento e logo após na idade adulta.
Porém o ponto chave de atenção não é esse, mas sim, a importância de sempre portar a carteira de vacinação. A sua conservação desde o nascimento é crucial para manter guardado todo o histórico de vacinação do indivíduo. Nela estão disponíveis todas as vacinas e as datas para verificação futura em um grande momento do aluno: embarcar. Durante esse processo, é obrigatório portar carteira de vacinação completa e por isso a atenção redobrada ao documento.
E é por isso que o terceiro ano deve ter atenção redobrada. Nesse momento o primeiro ano está em período de vacinação e está previsto para finalizar no fim do semestre. Logo após esse período outros que precisam ser vacinados podem se dirigir á enfermaria para se vacinar. Os que tiverem urgência para vacinar já podem. Quanto antes resolvido o problema mais preparados os alunos estarão para o embarque.
Porém não é só isso que preocupa. Ambientes familiares e com aglomeração de pessoas são os com maior risco de contágio, sendo essa a realidade dos alunos presentes no CIAGA. Por isso, o perigo de não ser vacinado é ainda maior. Com o surto recente de doenças antes adormecidas os alunos devem sempre estar atentos aos prazos de vacinação e cientes da sua situação atual.
Portanto, a importância da carteira de vacinação deve ser igual a outros documentos pessoais. Além de ser pessoal e intransferível, não é possível reaver uma segunda via restando apenas a possibilidade de ser aplicada todas as vacinas novamente. Porém, os alunos não devem se preocupar. Ao final do curso, o Departamento de Saúde se prontificou a entregar a todos os alunos uma nova carteira de vacinação completa para sanar todas as pendências. Sendo assim, o embarque estará garantido para todos.
Para conhecimento geral, foi disponibilizada uma tabela certificada pela Marinha do Brasil que lista todas as vacinas necessárias para possível visita ou moradia em determinados países. Logo abaixo está anexada a tabela citada.
www.marinha.mil.br/saudenaval/tabela-vacinacao-pais-visitado
Acerca do departamento de saúde do CIAGA
Inspeção de Saúde
É interpretada como inspeção de saúde uma avaliação realizada por um agente médico pericial.
Por agora, o Centro de Instrução Almirante Graça Aranha possui um MPI, um único médico que faz a inspeção, porém, a partir da semana de 25/03/18, o CIAGA passará a ter uma junta de saúde(JRS), que será composta por 3 médicos que podem fazer todas as inspeções, o que traz como benefício para o aluno da EFOMM não necessitar ir para outra OM para fazer inspeções de saúde a partir do momento em que o CIAGA possuir estes recursos.
Tipos de inspeção de saúde
Inspeção de ingresso: é o tipo de inspeção a qual todos são submetidos para ingressar na Marinha do Brasil. Todos têm a obrigatoriedade de fazer esta inspeção para conferir se o estado de saúde está adequado conforme o conteúdo do edital do concurso da MB desejado.
Reengajamento e Controle Trienal: São feitas apenas para os militares da ativa da Marinha do Brasil.
VDF(Verificação de Deficiência Funcional) e Término de restrição: São inspeções realizadas em caso de doença ou acidente que demandem afastamento superior a 20 dias de qualquer das atividades do militar. (Domiciliar, serviço, TAF/TFM, etc).
Dispensas Médicas
Quando o aluno da EFOMM encontra-se em um estado em que está incapaz de realizar esforço físico (como por exemplo uma perna engessada devido a fratura óssea), este é dispensado através da Junta de Saúde de realizar atividades que exijam o mesmo.
Ao pedir uma dispensa médica, seja em um hospital/clínica civil ou militar, a dispensa sempre tem que ser homologada antes de passar a valer dentro da Marinha, esta homologação é sempre feita no Departamento de Saúde.
Como funciona esta homologação?
O aluno da EFOMM terá de passar no OSCA (Oficial de Serviço do Corpo de Alunos) para pegar a papeleta de encaminhamento para a enfermaria, comparecer ao Departamento de Saúde onde o médico realizará breve avaliação do atestado e preencherá a papeleta com a dispensa equivalente, então a papeleta deverá ser retornada para o devido Comandante da Companhia a qual o aluno pertence e este terá que sempre andar com a papeleta no bolso, para o caso de ela ser solicitada, o aluno apresentá-la.
Validade de uma dispensa médica
As dispensas que são dadas por um médico civil ou pelo próprio médico do CIAGA só podem ter validade de até 20 dias, não pode ser homologada uma dispensa de mais de 20 dias em um período de 12 meses.
E quando alguém precisa de mais de 20 dias de dispensa médica?
Caso alguém tenha algum problema, o qual necessita de mais de 20 dias de afastamento, a pessoa terá de ir para a Junta de Saúde para VDF, solicitar um parecer médico, o qual será respondido por um especialista, seja este de um hospital militar, como o Hospital Naval Marcílio Dias por exemplo, ou da preferência da pessoa.
Com o parecer respondido e retornado ao CIAGA, será marcada uma data para o aluno comparecer à Junta de Saúde, e será nesta que o parecer passará a ter efeito. Lá, o aluno poderá ganhar uma dispensa de 30 até 180 dias.
Exemplo: Um aluno da EFOMM treinando para o TAF sofre um acidente e torce o joelho, ele é levado à enfermaria e medicado para passar a dor, porém, como torceu o joelho, ficará incapaz de realizar o TAF, então a JRS entrega um envelope para o aluno, que é o pedido do parecer. Com esse pedido, o aluno vai até um ortopedista, que pode ser um médico do Hospital Naval Marcílio Dias, ou um médico Civil (preferência da pessoa), e o ortopedista responderá se o aluno poderá ou não praticar atividade física a partir daquele momento, então o aluno retorna ao CIAGA com o parecer respondido, e a JRS avalia e pode dar de 30 até 180 dias de afastamento para a recuperação do joelho.
Para os alunos da EFOMM, é permitido ter até 12 meses consecutivos ou não de dispensa de qualquer atividade pela JRS durante os 3 anos de curso. Caso supere esse período de 12 meses o aluno será passível de cancelamento da matrícula seja qual for o problema de saúde.
COMBATE ÀS DST/SIDA (AIDS)
A palestra ministrada pelo 2T Daniel Maretti iniciou com uma pesquisa frisando o comportamento sexual do brasileiro e alertando sobre o risco elevado de contrair doença sexualmente transmissível pela população feminina nos dias de hoje.
Detalhes como transmissões e sintomas sobre as doenças (sífilis, gonorréia, HPV, candidíase e AIDS) também foram abordados. Dentre as citadas, a candidíase perdeu o título de DST por ser tratada como normal e toda mulher correr o risco de pegar, mas por ser uma infecção fúngica não pode deixar de ser tratada com cuidado e cautela, pois pode mudar a cada nova infecção.
A diferença entre AIDS e HIV foi claramente explicada por muitas pessoas ainda terem essa dúvida. HIV é o vírus que causa a doença e AIDS é a própria doença, um indivíduo pode ter contraído o vírus sem contrair a doença. A SIDA por ser tão recorrente foi bem reportada, enfatizando formas de contágio e medidas de prevenção.
O segundo tenente abordou instruções de como descobrir se contraiu a doença de forma rápida e prática. O Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) é confidencial e gratuito, se houver alguma relação de risco, deverá procurar imediatamente o local para examinar. O oficial complementou com seu próprio conselho de fazer um teste a cada trinta dias, e após tê-lo feito em sua terceira vez, retornar apenas se tiver algum sintoma.
Como conclusão da palestra, ele frisou aos alunos a Síndrome do Super-Homem, a qual poucos conhecem mas a grande maioria da população tem, é quando o indivíduo acha que algo nunca irá acontecer com ele, principalmente se tratando de uma doença grave. As medidas de combate são expostas em palestras como esta para todos se prevenirem adequadamente, sem exceção, mas enquanto essa síndrome existir no ser humano, mais correrá o risco de contrair doenças como essas citadas anteriormente, pois não se preocuparão em se cuidar.
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Texto: Al. Matheus Marinho, Al. Bartoly, Al. Juliana Alves.
