Foi celebrada na manhã do dia 10 de agosto a missa anual em homenagem aos brasileiros mortos na 2ª Guerra Mundial. O evento ocorreu na igreja de Nossa Senhora da Candelária – Centro do Rio – onde os alunos da EFOMM, junto com o capelão da escola, 1º Ten Renato, marcaram presença na cerimônia. Além dos Militares da ativa e da reserva da Marinha, Veteranos de guerra e autoridades como o Diretor de Portos e Costas (DPC), V. Alte. Wilson Pereira de Lima Filho, marcaram presença na celebração.

Durante a eucaristia, que foi ministrada pelo Capitão de Mar e Guerra da reserva e capelão naval Levi, foram lembradas as perdas ocorridas nos ataques do eixo contra os navios brasileiros. A missa é uma forma de homenagem e reconhecimento aos mortos e veteranos, que sacrificaram suas vidas pela pátria. O capelão Renato participou como concelebrante e os alunos fizeram as preces da missa.

História

A participação do Brasil na 2ª Grande Guerra se iniciou em 1942, com a declaração de guerra ao Eixo após sucessivos ataques aos navios mercantes nacionais. Entre 1941 e 1943 foram 35 embarcações atacadas e 33 afundadas, mesmo com o Brasil neutro inicialmente, ocasionando a morte de 1081 mercantes (mais que o dobro de baixas militares brasileiras).

Em 1943, criou-se a Força Expedicionária Brasileira (FEB), com a finalidade de recrutar, treinar e enviar tropas para a Itália, como apoio aos aliados. Foram embarcados cerca de 25 mil militares, os quais desempenharam grande papel em importantes batalhas, como a tomada do Monte Castelo. Devido à excelente performance, as baixas brasileiras foram relativamente pequenas, 471. Deixamos aqui nossos agradecimentos a todos os combatentes que deixaram seus lares para a busca de um bem maior à nossa nação. Especialmente aos que sacrificaram a vida para tal.

Peregrinação dos Alunos

Os alunos, além de participarem da missa na Candelária, também realizaram uma peregrinação às igrejas católicas do Centro da cidade, organizada pelo capelão Renato. Ao todo foram 8 santuários, cada uma carregando consigo um pouco da história do Rio de Janeiro.

Chegada dos peregrinos ao Mosteiro de São Bento, com sua fachada ao fundo. (Foto: Al. Natália / Jornal Pelicano)

Parte das igrejas foram construídas com base no estilo barroco (séc. XVI), caracterizado pela riqueza de detalhes e tonicidade extravagante das cores buscando uma ilusão de movimento. Outras traziam os estilos rococó ou clássico, cada uma com sua especificidade e seu charme mais discretos. Em algumas delas, havia também museus e exposições mostrando marcos históricos e o desenvolvimento do local até os dias de hoje. Os visitantes as contemplaram, tiraram fotos e aprenderam um pouco sobre o histórico de cada monumento.

No monastério de São Bento, que demorou 150 anos para ser construído. O guia dos alunos foi um de seus monges, Dom Bernardo. Ele explicou desde os detalhes das esculturas até sua história e sua rotina na igreja. E na igreja da Graça, os mercantes se depararam com o túmulo de Pedro Álvares Cabral, cujos restos mortais foram transferidos da Espanha para o Brasil, o que poucos sabem. E essa foi uma experiência marcante, que surgiu para agregar conhecimento aos alunos e quebrar a rotina da escola.

Alunos posam junto com o monge Bernardo em frente ao santuário do Mosteiro. (Foto: Al. Natália / Jornal Pelicano)