Cumprindo o expediente previsto, às 0700, partiu do Centro de Instrução Almirante Graça-Aranha (CIAGA), rumo ao 1º Distrito Naval, uma viatura conduzindo 42 alunos do terceiro ano de Máquinas para a visitação ao navio da Marinha do Brasil (MB) NAe São Paulo e do Pipe Laying Support Vessel (PLSV) Seven Condor, pertencente à empresa Subsea 7.

NAe São Paulo

A visitação iniciou-se pelo Navio Aeródromo São Paulo (A-12), atracado no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ) para realização de reparos. A embarcação é francesa e foi construída na década de 60, tendo sido incorporada à MB no ano 2000. Atualmente, o NAe São Paulo conta com uma tripulação de aproximadamente 1300 pessoas, entre oficiais e subalternos.

Os maquinistas foram recebidos a bordo com um pequeno lanche servido no rancho do navio, antes de começarem a conhecer as instalações. A visitação programada pelos oficiais que acompanharam os alunos previa os principais setores do departamento de Máquinas. Divididos em dois grupos, os alunos foram levados à Praça de Caldeiras, Sala de Quadros Elétricos e turbinas à vapor.

Na Praça de Caldeiras, os maquinistas conheceram parte da planta de geração de vapor do NAe São Paulo, responsável por possibilitar a propulsão do navio através do fornecimento do vapor que movimenta as turbinas – sendo elas de alta, média e baixa. Atualmente, a planta encontra-se parada e a embarcação aguarda um processo de modernização, pelo qual sofrerá uma atualização nos sistemas de geração de energia e propulsão, que incluirá a remoção da planta de vapor atual. Esse processo deve permitir que o navio esteja pronto a operar em 2020, estendendo sua vida útil por pelo menos mais 10 anos a partir da conclusão das modificações. É provável que, a partir de 2030, o navio seja retirado de operação.

A Praça de Caldeiras foi um dos setores visitados pelos maquinistas do terceiro ano (Foto: Al. Alcoforado/Jornal Pelicano)
A Praça de Caldeiras foi um dos setores visitados pelos maquinistas do terceiro ano (Foto: Al. Alcoforado/Jornal Pelicano)

Na sala dos Quadros Elétricos, os alunos conheceram um dos setores de gerenciamento da energia de bordo, em especial o Quadro Elétrico responsável pela alimentação dos equipamentos de Fire Fighting (Combate a Incêndio) do NAe São Paulo. Uma das Unidades de Refrigeração de Água (URA) também foi visitada, onde os maquinistas observaram o funcionamento de bombas de água salgada, do evaporador e da automação pertinente à operação do sistema.

Apesar de a visita ter se voltado ao setor de Máquinas, os oficiais do NAe São Paulo também levaram os alunos ao hangar do navio aeródromo, onde ficam alocadas as aeronaves que a embarcação pode transportar. No convés superior, encontra-se a catapulta, equipamento usado para impulsionar os aviões a fim de permitir sua decolagem numa pista de comprimento reduzido quando comparada à necessária para decolagem convencional.

Após o circuito pelo navio, os alunos foram convidados a desfrutar de um agradável almoço a bordo do NAe São Paulo. Seguiu-se então um breve descanso no Bar dos Oficiais, antes de se despedirem do navio e partirem para a próxima visitação do dia. Ao final do excurso pelo navio aeródromo, os alunos foram saudados pelos oficiais que os acompanharam durante toda a visita, os quais garantiram que as portas do NAe São Paulo permanecem abertas a todos que desejem conhecê-lo. Os maquinistas agradeceram a oportunidade e a atenciosa recepção no navio aeródromo.

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Segundo Oficial de Máquinas e Membra Honorária do Jornal Pelicano. Foi aluna da EFOMM de 2013 a 2015, Comandante de Companhia, Adaptadora-aluna, Atleta da Equipe de Basquete, Monitora do Grêmio de Máquinas, Escritora e Presidente do Jornal Pelicano.