Na manhã do dia 1º de outubro, quinta-feira, a Guarda Costeira estadunidense perdeu contato com o navio El Faro da empresa TOTE durante sua viagem pelas Bahamas. A embarcação capitaneada por Michael Davidson era tripulada por 28 americanos e 5 poloneses.
Ao zarparem de Jacksonville, Flórida, os navegantes já estavam cientes de que atravessariam uma tormenta tropical no Caribe, causada pelo furacão Joaquin, até seu destino final, San Juan, Porto Rico. Mas a tempestade se desenvolveu de tal maneira, que alcançou Categoria 4 em uma escala de 1 à 5, com ondas de mais de 9 metros e ventos de até 210 km/h. Sua última localização foi nas proximidades de Croocked Island, por volta das 0730 (horário local), quando notificou a Guarda Costeira de que a embarcação perdera sua propulsão e sua estanqueidade.
Com o furacão agora se distanciando das Bahamas, é disponibilizado cada vez mais pessoal para as operações de busca e salvamento. Sábado, dia 3, as equipes cobriram mais de 30.000 milhas náuticas com diversos navios, 2 helicópteros MH-60 Jayhawk, uma aeronave P-8 e um avião C-130 Hercules. Desde quinta-feira, apesar do mau tempo, algumas vítimas da tempestade já haviam sido resgatadas: além de diversas embarcações menores, 12 tripulantes do cargueiro boliviano Minouche, que estavam à deriva em uma balsa salva-vidas.
Porém, em relação ao El Faro, apenas uma boia salva-vidas foi encontrada. O Capitão Mark Fedor da Guarda Costeira americana conduz a busca na direção NE da última posição do navio, pois coincide com o rumo que Joaquin tomou, se afastando do litoral EUA. Enquanto as tempestades ainda assolam a região do Triângulo das Bermudas, provocando enchentes em várias cidades, as esperanças de encontrar a tripulação perdida se mantêm forte, tanto por parte das equipes de resgate quanto dos familiares. “Meu marido é extremamente capaz, tem um vasto treinamento.”, disse a esposa do capitão Davidson, Theresa. “Se alguém é capaz de lidar com uma situação dessas é ele”.