Na última quinta feira, 08 de outubro, foi realizada, na Base Naval do Rio de Janeiro, a cerimônia alusiva ao dia da criação da Força Naval do Nordeste (FNNE) pelo Aviso nº 1.661 de 5 de outubro de 1942, fato marcante da entrada da Marinha brasileira na II Guerra Mundial. Participaram da cerimônia uma representação de 14 alunos dos três anos escolares da Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante (EFOMM), aspirantes da Escola Naval (EN) e alunos do Curso de Formação de Oficiais, do Centro de Instrução Almirante Wandenkolk (CIAW).
A criação da FNNE teve como intuito a reorganização das forças navais para adequação à situação de conflito durante a II Guerra Mundial. Alemanha e Itália procuravam negar o uso do Oceano Atlântico aos aliados, acarretando, então, ataques ao comércio marítimo brasileiro, que dependia da cabotagem e da exportação das suas matérias primas e alimentos.
Nesse processo, o Brasil teve como aliado os Estados Unidos da América, e a principal missão desse era patrulhar e proteger navios mercantes brasileiros. Durante a guerra, muitas vidas foram perdidas, somando-se 30 navios mercantes e 3 navios de guerra, dentre os quais 2 navios pertencentes à FNNE. Como exposto na cerimônia, aqueles integrantes foram o preço pago pela nossa Pátria, mostrando que é possível vencer a tirania e superar as barreiras que nos separam. Assim, a Marinha do Brasil deve ser composta por exemplos. Mesmo nos momentos mais difíceis, nossos marinheiros se comportaram como verdadeiros heróis.
Após a explicação sobre como se deu a criação da Força Naval do Nordeste, a cerimônia foi contemplada com aposição floral no busto do Almirante Soares Dutra, primeiro e único comandante da FNNE, além de celebrar os veteranos da força, prestando uma reverente homenagem àqueles que com amor à Marinha, coragem e humildade defenderam bravamente nossa Pátria. Além disso, houve oração e toque de silêncio em memória aos ex-integrantes falecidos da FNNE, assim como os toques de Alvorada e Vitória que simbolizam o reconhecimento da Marinha do Brasil.
Sempre será lembrada também a bravura daqueles homens da Marinha Mercante que se lançavam ao mar com suas preciosas cargas
“Sempre será lembrada também a bravura daqueles homens da Marinha Mercante que se lançavam ao mar com suas preciosas cargas. Eles confiavam na proteção dada pela Marinha de Guerra.” E como o Exmo Sr. V Alte Luiz Edmundo Brígido Bittencourt uma vez escreveu “ A nação que não cultua o seu passado está fadada a perecer.“