A água de resfriamento é utilizada em diversos sistemas de bordo, constituindo um recurso sem o qual não seria possível o funcionamento de motores de combustão, por exemplo, além de outros itens que compõem o maquinário vital à operação de embarcações.
O palestrante iniciou a abordagem do assunto com uma breve explicação de aspectos técnicos relacionados aos principais problemas que o tratamento inadequando da água de resfriamento (ou a falta dele) pode acarretar aos sistemas onde ela é empregada. Dentre os riscos citados, destacam-se a corrosão, que traz danos às tubulações e equipamentos, podendo levar à inutilização de componentes, além da incrustação, deposição de sólidos e até proliferação de organismos vivos nas tubulações, situações que prejudicam o fluxo térmico entre fluidos num trocador de calor.
Rodrigo Monteiro apontou as principais produtos empregados para fazer o tratamento da água de resfriamento, desenvolvidos especialmente para preservar e otimizar os sistemas em que são utilizados, além de prolongar sua vida útil, representando assim uma expressiva economia para as empresas contratantes desse tipo de serviço. As características desejáveis nos produtos adicionados à água estão relacionadas à manutenção de um pH adequado, eliminação de organismos vivos, ação anti-incrustante, entre outras.
Para ilustrar os riscos da falta de tratamento de água de resfriamento, o palestrante encerrou sua explanação exibindo um vídeo registrado por ocasião da visita a uma embarcação operando na Baía de Guanabara. Verificou-se que a ineficiência da troca térmica em um sistema era causada por um trocador de calor no qual organismos vivos haviam se proliferado, entupindo o feixe tubular e prejudicando o fluxo em seu interior.
A palestra mostrou-se de grande valia para os alunos participantes, pois o tratamento da água de resfriamento que circula nos diversos sistemas de bordo é uma importante tarefa à qual o maquinista deve estar constantemente atento, tendo em vista os cuidados necessários à conservação dos equipamentos e a severidade dos danos impingidos a eles na falta ou má execução desse serviço.
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