Por volta das 1250 o navio FPSO (Floating Production Storage and Offloading) Cidade de São Mateus registrou uma explosão na casa de máquinas. O alerta foi enviado para terra uma hora depois do ocorrido e cerca de 30 tripulantes foram resgatados dentro de uma baleeira (pequena embarcação de salvatagem dos navios mercantes).

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14 feridos graves seguem internados em dois hospitais, em Vitória (ES) (Foto: Internauta / Gazeta Online)

A ANP (Agência Nacional de Petróleo) juntamente com a Capitania dos Portos do Espírito Santo apuram as causas do acidente e até o momento suspeita-se que um vazamento na casa de bombas tenha dado origem a explosão. Segundo a Agência, o navio possuía 74 tripulantes a bordo, no momento do acidente. Destes,  registram-se, até o momento, 5 mortos, 4 desaparecidos, 25 feridos e 14 internados em estado grave. Ainda segundo a ANP, outros 30 tripulantes seguem na plataforma aguardando resgate.

Até a manhã desta quinta-feira (12), a BW Offshore, empresa que administra a embarcação, confirmou os números e afirmou que os bombeiros continuam prestando socorro às vítimas do acidente. Segundo a empresa, não houve vazamento de óleo no mar e o navio segue às escuras devido ao risco de novas explosões.

A Marinha do Brasil enviou um navio e duas aeronaves para auxiliar nas operações de resgate desde que o incidente foi relatado. Uma equipe de nove bombeiros continuam na embarcação para tentar localizar os 4 tripulantes desaparecidos. Segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SESP), os bombeiros trabalham com a hipótese de que esses tripulantes estejam isolados em um compartimento que não foi atingido pela explosão e por isso continuam as buscas com empenho.

Tripulantes resgatados eram levados de helicópteros para dois hospitais do ES (Foto: Internauta / Gazeta Online)
Tripulantes resgatados eram levados de helicópteros para dois hospitais do ES (Foto: Internauta / Gazeta Online)

A Capitania dos Portos do Espirito Santo informou que será aberto um Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN) para esclarecer as causas e responsabilidades pelo ocorrido na plataforma. “O prazo para a conclusão do inquérito é de 90 dias”, diz a CPES.