Coordenado pelo biólogo, doutor em biologia marinha e oceanografia, mestre de química e doutorando em meio ambiente César Bernardo Ferreira, a pesquisa tem a finalidade de estudar os cavalos-marinhos ressurgentes no cenário carioca.
A partir de uma pesquisa de campo dos alunos Benevides, Carolina Santana, Quintino e Moscoso, uma série de dúvidas foram esclarecidas a respeito da poluição na Baía de Guanabara. Em entrevista com o pesquisador foi explicado que como esses animais são bioindicadores, uma vez que não sobrevivem em águas muito poluídas, sua ressurgência está diretamente relacionada com nossas águas estarem mais limpas.
Ao ser indagado sobre os principais fatores de melhora, o biólogo apontou o não lançamento de esgoto como o mais importante. Contudo, ressaltou por diversas vezes que o principal elemento poluente ainda é o ser humano.
Os alunos ainda questionaram sobre a conexão entre o cavalo-marinho e a Marinha Mercante, uma vez que a comunidade marítima tornou as discussões sobre o meio ambiente marinho imprescindíveis em convenções como a MARPOL e a de água de lastro. O especialista explicou que dentre os alimentos da espécie estão as larvas de craca, que por sua vez constituem um dos principais prejuízos para os armadores e portanto, proteger esse ser implicaria diretamente em menores gastos de raspagem de cascos e tintas anti-incrustrantes.
O projeto Hippocampus será aberto para visitações em breve, com sede no próprio clube Jequitá. Sua estrutura conta com aquários e laboratório de pesquisa voltados para informar o grande público sobre a importância da preservação.
A equipe do Jornal Pelicano agradece ao professor pela atenciosa receptividade e pretende incluir nossos leitores nas novidades sobre o meio ambiente com a ajuda de mais especialistas da área. Dessa forma pretendemos conscientizar e mostrar que não são apenas os desastres ambientais que nos motivarão a criar leis para proteger nosso ambiente de trabalho e hospedeiro: o mar.