Os trabalhos começaram em 2012, ao longo do Canal de São Lourenço, entre Niterói e São Gonçalo, na Região Metropolitana. Segundo a Marinha, a Capitania dos Portos informou que dos 52 cascos abandonados e ancorados — um quinto do total — naquela área, 38 foram retirados até o momento. Mas ainda restam por volta de 14 embarcações que ainda representam risco ao tráfego naval.
O Instituto Estadual do Meio Ambiente (Inea) em conjunto com o ministério da Pesca e Aquicultura através da Secretaria de Estado do Meio Ambiente tomaram por iniciativa acabar com esses verdadeiros “fantasmas do mar”, que representam alto risco de acidentes ambientais e comprometem o tráfego naval da área.
Asprimeiras carcaças foram eliminadas pelo governo do estado. O material tem como destino final a venda para a industria metalúrgica e siderúrgica, estima-se segundo a capitania dos portos que haja por volta de 100 toneladas de matérias (aço, madeira e fibras de vidro). Grande parte do material foi vendido para empresas de reciclagem em um leilão feito em 2012.
Porém segundo testemunhas, os trabalhos para a limpeza do canal, estariam paralisados. Há mais de um mês não há movimentação de guindastes e trabalhadores às margens da Rodovia Niterói-Manilha.
“Vamos saber o que está ocorrendo. Se os prazos não estiverem sendo respeitados, multaremos os responsáveis. Eles poderão até ser impedidos de participar de outros leilões”, advertiu o coronel José Maurício Padrone, chefe da Coordenadoria Integrada de Combate aos crimes Ambientais (CICA), órgão da secretaria.
Na sexta-feira, um dos representantes da Tanquefer (uma das empresas responsáveis pelo projeto), disse que “não estava a par do assunto” e passou o telefone do sócio, identificado apenas como Miro. “Estamos dentro do prazo, mas não me lembro de datas”, limitou-se a dizer, desligando o celular. A assessoria da Marinha não respondeu se há relatórios sobre a quantidade de embarcações abandonados na Baía de Guanabara, e continua investigando o caso.
Fontes: Marinha do Brasil e Secretaria de Estado e Meio Ambiente