O capitão do ferry sul-coreano que naufragou há três dias na Coreia do Sul, com 475 pessoas a bordo, sendo a maioria estudantes, foi preso neste sábado (19) no país, ainda sexta-feira (18) no horário do Brasil, segundo informa a agência sul-coreana Yonhap.
Lee Joon-Seok, 52 anos, enfrenta acusações graves, dentre elas negligência e violação do direito marítimo, destacou a agência de notícias Yonhap. Além do capitão, que teve sua prisão decretada para evitar fuga, outros dois membros da tripulação sofreram acusações feitas por um tribunal de Mokpo.
O capitão Lee Joon-Seok e a maioria dos 28 membros da tripulação abandonaram a embarcação antes do naufrágio, quando muitos passageiros ainda estavam presos, provocando várias críticas vindas dos familiares das vítimas.
Das 475 pessoas que estavam a bordo, incluindo mais de 300 estudantes do ensino médio, apenas 179 pessoas foram resgatadas.
Vice-diretor é encontrado morto
Um dos sobreviventes, o vice-diretor da escola onde os alunos estudavam, ao sul de Seul, foi encontrado morto na manhã desta sexta-feira em Jindo. Aparentemente, Kang Min-Gyu cometeu suicídio, informou a agência Yonhap, especificando que a polícia encontrou uma carta justificando o ato de desespero na carteira do funcionário:
“Sobreviver sozinho é muito difícil… eu assumo toda a responsabilidade”, escreveu
De acordo com a imprensa local, o homem foi encontrado enforcado com um cinto em um galho de árvore.
Acidente
A embarcação que saiu de Incheon em direção à ilha Jeju naufragou na manhã desta quarta-feira (16) na Coreia do Sul com 475 passageiros a bordo, sendo a maioria estudantes. Até o momento, o número de mortos no naufrágio atingiu 28. Foram resgatados 179 passageiros. Outras 268 pessoas seguem desaparecidas, segundo o último boletim das autoridades citado pela agência AFP.
Fonte: EXAME