Mês passado, mais precisamente em 4 de Fevereiro, completou 15 anos a história do navio M/V New Carrisa.
A embarcação era um cargueiro de bandeira Panamenha que encalhou numa praia próxima a Coos Bay, Oregon, EUA, numa tempestade, cerca de dez anos após seu lançamento – em Agosto de 1989.

Tinha por dimensões 195m de comprimento, 32m de largura e sua tripulação totalizava 26 pessoas.
Foram precisas grandíssimas operações de contenção de óleo e retirada da embarcação da área.

 

 


A história


Durante uma operação de carga, o navio passou no porto de Coos Bay.
Nas proximidades, a tripulação foi informada que as condições climáticas adiariam a operação para a manhã seguinte.
O navio  então ancorou por ordem do Comandante, mas utilizando apenas um ferro.
De de acordo com a Guarda Costeira Americana, o tamanho da amarra não era suficiente:
Os ventos de 20 – 25 nós e a tempestade que se aproximava causaram o desprendimento da âncora.


 

Falhas técnicas de navegação e atuações inadequadas de serviço de quarto levaram a erradas conclusões, como a “suposta” movimentação do navio. Planejaram-se então para içar âncora e afastar-se.
Mas as condições climáticas dificultaram a situação: 


 Logo no desprendimento do ferro a embarcação foi levada para perto demais da costa.

O cargueiro foi arrastado pela corrente por mais de 4 km, e não havia profundidade para voltar a navegar, nem usar seu sistema de propulsão, começando  aí más consequências: 2 de 5 tanques de combustível começaram a vazar já na praia – aproximadamente 260 m³ .

 

 

Felizmente, a tripulação não foi ferida.

Começaram então as operações de Recuperação de Contenção de óleo.


 As condições do tempo só permitiram a chegada do rebocador mais próximo 4 dias depois do encalhe da embarcação.


 Tentativas e diversos planos de especialistas foram invalidados quando foram notadas o aumento dos danos e da poluição causada pelo derramamento oleoso. Eis que no dia 10 de Fevereiro houve grande aumento das rachaduras, que permitiram a inundação da Praça de Máquinas, inutilizando assim os equipamentos e descartando todas as opções de volta a navegação.


 Considerando a não possiblidade de rebocagem e definitivamente descartada propulsão própria, foi declarada então situação de perda total.

A solução então foi a queima daquele combustível e tanques – a primeira tentativa foi falha, mas pouco depois deu certo e a queima durou 33 horas.

Danos já existentes, as condições climáticas e, ainda, consequências físicas causadas pelo calor dessa queima:
Não suportando, a estrutura separou-se em duas partes.

A menor parte da estrutura foi enfim levada ao Oceano Pacífico e destruída por 2 navios da Marinha Americana.


O problema agora era o que faltava, a maior parte e mais difícil.


Foi necessário um grande projeto em 2007 de mais de USD $16 milhões que visava o corte em menores partes a serem erguidas e movidas por guindastes. Estima-se que 3000 animais foram afetados devido ao lastimável episódio, que tornou-se marcante na história não só de Oregon mas também da Marinha Mercante.


Curiosidade:
  •    Em 2000 foi lançada uma música chamada “The New Carissa” pela cantora Sarah Dougher.
  •    Diversos documentários foram feitos relatando o caso, inclusive por grandes Instituições como National Geographic.
     

Informações em: Proceedings Magazine, Cargo Law – The New Carissa Ship Disaster, OPB News.

 


http://youtu.be/ihK88LTluiE

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A POM Taynan formou-se na EFOMM no ano de 2014, tendo integrado a equipe do Jornal Pelicano durante sua formação, chegando ao cargo de Vice-presdiente. Atualmente, ela participa da equipe como Membro Honorário, enviando relatos e compartilhando sua experiência de bordo com os mercantes em formação e o público leitor.